Pix está ‘matando’ pagamentos em dinheiro: cartão de crédito será a próxima vítima?
Compartilhar com:
Em um piscar de olhos, o sistema de pagamento instantâneo Pix conquistou o coração e a preferência dos brasileiros, desbancando métodos tradicionais como dinheiro em espécie e transferências bancárias. Segundo o portal InfoMoney, essa revolução ameaça até mesmo a predominância dos cartões de crédito no e-commerce, evidenciando o poder transformador dessa inovação no cenário financeiro nacional.
Desenvolvido pelo Banco Central (BC), o Pix rapidamente se tornou um aliado estratégico para varejistas online, proporcionando um fluxo de caixa mais ágil e eficiente em um setor que opera com margens de lucro apertadas. Ao mesmo tempo, esse sistema desafia modelos de negócios associados à infraestrutura dos cartões de crédito para bancos e fintechs.
O presidente do BC, Roberto Campos Neto, expressou sua visão sobre o potencial disruptivo do Pix, afirmando que o sistema poderia tornar obsoleta a necessidade de cartões de crédito. Essa perspectiva não parece estar distante da realidade, com dados recentes revelando um aumento exponencial no uso do Pix.
Em 2023, o número de transações com Pix cresceu incríveis 74%, totalizando quase 42 bilhões de pagamentos em toda a economia brasileira. Esse volume superou significativamente as transações combinadas com cartões de crédito e débito, indicando uma mudança de paradigma no comportamento do consumidor em relação aos métodos de pagamento.
No varejo online, o Pix solidificou sua posição, representando mais de um terço de todos os pagamentos em dezembro, de acordo com dados da Neotrust. Em contrapartida, os pagamentos com cartão de crédito diminuíram, refletindo uma mudança de preferência entre os consumidores.
Essa tendência de crescimento do Pix no varejo online tende a se intensificar ainda mais com as inovações planejadas pelo Banco Central para o sistema. A introdução de funcionalidades como pagamentos recorrentes e parcelamentos promete expandir ainda mais o alcance e a utilidade do Pix para os consumidores e varejistas.
Uma das principais vantagens do Pix é sua capacidade de eliminar intermediários, reduzindo as taxas pagas pelos varejistas. Enquanto as taxas de transações com cartões de débito e crédito podem ultrapassar 1% e 2,2%, respectivamente, o Pix custa em média apenas 0,22% por transação. Esse custo reduzido representa uma economia significativa para os varejistas, tornando o Pix uma escolha cada vez mais atraente.
Em suma, o Pix não apenas simplificou e agilizou os pagamentos online, mas também está redefinindo o cenário financeiro brasileiro. Sua ascensão meteórica mostra que a inovação tecnológica pode transformar profundamente a maneira como conduzimos nossas transações financeiras, promovendo maior eficiência, transparência e inclusão no sistema financeiro nacional.